quarta-feira, 8 de abril de 2015

Vão




Bom dia sem café, sem sol, sem pele coberta
Noite passada, música, vinho e chão
Boca amarga e teto breu

Tudo cintila e eu toco o chão
Me movo enquanto meu braço ainda dorme
Dez segundos ali sentada
Encarando o fim da lista de reprodução

Ausência de tom e presença
Imersão na solidão
Mais de quinze minutos no vão da sala

Sem direção
Sem inspiração
Sem obrigação
Sem reflexo