sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Talvez




Talvez eu abrisse mão
De tanta poesia que me é natural
Se eu pudesse escrever apenas um verso
Que te fizesse despertar o amor
Que me fizesse ser o alvo
Que nos fizesse mais felizes do que fomos
Mais apaixonados do que fomos
Sem final, como o que tivemos
Talvez não! Tenho certeza sim!




quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Cigana

De fato, era uma miragem!
Nunca meus castanhos olhos
Se hipnotizaram tanto!

Era eu, até então num lugar desconhecido,
E foi a música quem me convidou!
Me aproximei, e logo me encantei
Era uma festa, de ritmo e cores!

Alguns minutos vagando em volta
E lá estava ela, dançando...
Uma cigana, da qual o rosto não se via
E nem precisava, todo o seu poder e beleza
Emanavam de sua dança

Era liberdade, leveza, dor e alegria
Tudo preso naquele pequeno corpo
Que se contorcia, que se esticava
Que se expressava e agora também
Me prendia

Fiquei a noite toda estático: mudo e imóvel...
Meus olhos e passos apenas seguiam sua dança!





terça-feira, 15 de setembro de 2015

Catador

Vagava pelas ruas, sujo
Tinha uma mala vermelha
O olhar perdido e a pele manchada
O povo da redondeza dizia que era andarilho
Inventor de histórias,  ladrão!
Ele era apenas um catador
Abria sorriso e ouvidos àqueles que lhe estendiam a mão
E em troca, ele dava alívio
Em sua mala, carregava alma
Ele era um catador
Cata dor em troca de amor


terça-feira, 1 de setembro de 2015

Meu, seu



Os meus tortos e os seus alinhados 
O meu medo e a sua coragem
O meu céu limpo, o seu estrelado
Minhas poucas palavras, sua risada
Meu jeito sério,  seu jeito bobo
Tudo parece desencontro
E num relapso, é complemento!