terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Vem invadindo a sala de estar,
a de jantar, a cozinha, até o quarto chegar.
Faz morada, com pilares quase solidificados.
Estruturas firmes de carinho, gesso de abrigo,
Base de afeto com janela de sons calmos
E móveis de abraços que prendem
E deixam os laços mais apertados que saudade!
Passeia um pouco cá, longe desse olhar
Que aconchega desde os mimos até os medos
E compõe sorrisos nesse nosso abismo.




segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Esse sopro fresco que vem com sua voz
Repleta de desejos bons para a vida
Faz alegrar ainda mais os dias ensolarados
Desnudos e descalços de alma e de coração


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Era um momento incomum
Bem difícil acontecer, eu diria
Ele despertava de uma viagem longa
E eu, sem conhecê-lo, estava a sua espera

Ele permanecia ali deitado
Enquanto eu acarinhava seu cachos
Quando então me deparei com seu despertar
E ele se deparou com meus olhos sob os seus

Por um tempo estivemos numa conexão
Estranhamente simples, linda e completa 
Então sorri enquanto os olhos dele marejados, me sugavam

E ainda meio estranho e alheio ao que acabara de acontecer
Nos abraçamos, meu colo foi conforto e casa a quem retornava
E mesmo a mim, sendo naquele momento sua morada
Encontrei também alento e preenchimento






Se eu transparecer mais introspectiva, vão achar que eu estou mal?
E se deparar comigo andando com olhar vago por aí, vai achar normal?
Se eu estiver no meio de uma reunião de trabalho e sorrir, vai soar estranho?
E eu parar e ficar concentrada aparentemente em nada, vai me achar preocupada?
Se eu não conseguir controlar minha vontade de ficar mandando mensagens pelo celular, vai me achar sem foco?


Mas e se todos percebessem que minha alma encontrou a paz, achariam o que?!