quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Saudade.
Só.
Nos olhos.
Na mão.
No abraço.
No beijo.
No cheiro.
No corpo.
Dentro e fora.
Só.
Saudade.



quarta-feira, 21 de junho de 2017

Flor(ida)

Ela tem um sorriso lindo
Uma alma florida
E uma risada alta,
Contagiante e às vezes,
Confesso, constrangedora!

Mas será que ela nota,
Que ela se toca?!
Que essa vida fica mais linda
Porque posso contar com ela?

Que a calma dela nos meus dias de tormenta
Que a entrega dela ao meu modo de ver o mundo
Que essa certeza de uma vida leve até nos piores dias
É o que faz reforçar em mim as crenças mais adormecidas

Que a vida é mesmo linda de ser vivida
Que a estrada é longa, mas também florida
Que os laços que a vida cria, não desata nó
Que seja colorido ou preto e branco,
Ainda vale a pena acreditar!


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Eu gosto assim, essas palavras levando
O que eu não consigo dizer
Alcançando e eternizando não o som,
Mas a forma!

Não poderia ser de outra maneira,
As cartas que envio, os bilhetinhos que deixo,
As mensagens em aplicativo mesmo,
Pois não consigo conter o sentimento imediato

Mesmo quando o tempo passa
E ainda é possível retomar em mãos
As palavras, carregar os sentimentos,
Lembrar e reviver tudo aquilo.

Se não fossem as palavras escritas,
Eu não seria!!


Se você soubesse a força que tem
Essa que eu vejo até quando você sorri!
Se você soubesse a energia surreal que transmite,
Essa que muda o clima do lugar quando você chega!
Espero que você saiba e que veja o que vejo em você
Essa luz forte, essa força e coragem...
E também a bondade, e o mais bonito... o amor!


terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Um novo ciclo



O que eu vivi no ciclo 27?

Passei por ele num ano bem, digamos polêmico, 2016. Creio eu ser um ano que deixou marcas em muita gente, e não necessariamente boas marcas. Não sei se estou nadando contra a correnteza, mas 2016 foi um ano especialmente bom pra mim e fez meu ciclo 27 especial. Um ciclo onde até o seu finalzinho tenho me enfrentado e encarado de frente, me orgulho disso! E a palavra dele foi: auto-conhecimento. Algo do qual eu fugia, bem, há muitos anos eu diria.

A idade não pesa, como ouço amigos reclamando; tenho a visão de que com o tempo eu só melhoro! Cada ciclo uma versão melhorada, claro, nem sempre consigo acertar... mas é uma das melhores maneiras de aprender?! Certo? Bom, certo ou não, tem funcionado pra mim.

Nessa jornada, consegui entender finalmente que o bom da vida é viver. Simples né?! Nem tanto! Estou ainda engatinhando, aprendendo aos poucos, sem pressa, curtindo o caminho, as sensações, cheiros, brisas, sol, vento, tufões, curtindo tudo.. vivendo tudo, de bom ou não. Afinal, qual a graça das histórias onde tudo dá certo? 

O ciclo 27 me trouxe, e continua trazendo, perguntas; e até algumas respostas. Tem dado sentido pra uma vida inteira onde não me via sendo peça de um quebra-cabeças, e o melhor: me mostrou que não existe só um quebra-cabeças, de repente só estive tentando me encaixar no conjunto errado. Trouxe de mais importante o desconforto. Sim! Se sentir desconfortável é maravilhoso, pois é combustível pra agir, mudar, sentir, viver... lembra?! Viver!

Agora, espero um novo ciclo. E não sei o que irá acontecer nem onde irá me levar. Mas levo até ele a leveza, o desconforto, os sorrisos, os choros e a alma!


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Presente com presença se retribui.
E amor, com afeto. E carinho, com riso.
Tudo se mistura e estamos de novo no ninho.
Inocentes crianças, brindando a irmandade.
Com toda a diferença que possamos ter
E ainda sim, permanecer.


terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Vem invadindo a sala de estar,
a de jantar, a cozinha, até o quarto chegar.
Faz morada, com pilares quase solidificados.
Estruturas firmes de carinho, gesso de abrigo,
Base de afeto com janela de sons calmos
E móveis de abraços que prendem
E deixam os laços mais apertados que saudade!
Passeia um pouco cá, longe desse olhar
Que aconchega desde os mimos até os medos
E compõe sorrisos nesse nosso abismo.




segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Esse sopro fresco que vem com sua voz
Repleta de desejos bons para a vida
Faz alegrar ainda mais os dias ensolarados
Desnudos e descalços de alma e de coração


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Era um momento incomum
Bem difícil acontecer, eu diria
Ele despertava de uma viagem longa
E eu, sem conhecê-lo, estava a sua espera

Ele permanecia ali deitado
Enquanto eu acarinhava seu cachos
Quando então me deparei com seu despertar
E ele se deparou com meus olhos sob os seus

Por um tempo estivemos numa conexão
Estranhamente simples, linda e completa 
Então sorri enquanto os olhos dele marejados, me sugavam

E ainda meio estranho e alheio ao que acabara de acontecer
Nos abraçamos, meu colo foi conforto e casa a quem retornava
E mesmo a mim, sendo naquele momento sua morada
Encontrei também alento e preenchimento






Se eu transparecer mais introspectiva, vão achar que eu estou mal?
E se deparar comigo andando com olhar vago por aí, vai achar normal?
Se eu estiver no meio de uma reunião de trabalho e sorrir, vai soar estranho?
E eu parar e ficar concentrada aparentemente em nada, vai me achar preocupada?
Se eu não conseguir controlar minha vontade de ficar mandando mensagens pelo celular, vai me achar sem foco?


Mas e se todos percebessem que minha alma encontrou a paz, achariam o que?!