As coisas andam estranhas!
Há um vírus contaminando a população mundial, e por enquanto, precisamos ficar de quarentena - sem contato com o exterior às nossas casas. Estamos ilhados!
E hoje, estou uma ilha em mim mesma, por fora, apenas transbordo aquilo que nem sei ao certo o que sinto! Há um vírus, há uma grande incerteza, há uma ilha (várias ilhas) e estou só! Presa com alguém que me cativou, que me eu acreditava ser solo firme...
Como a vida é incerteza! É surpresa! Como a chegada de um novo ciclo vem tão tumultuada e cercada de dor? Você empilha tijolo, por tijolo, alinha, cimenta, alinha novamente, confere, checa se está tudo ok... e então, por um momento, ou mais, você nem mesmo consegue ver o que foi que derrubou a sua "muralha"...
Viver é mesmo uma grande ilusão! Acreditar e confiar nas pessoas para alguns é um processo tão lento, tão doloroso, tão cheio de cicatrizes... e quem está de fora, simplesmente sai atropelando tudo, sem se importar com que vai ficando para trás da destruição.
Eu sempre me fechei, sempre fui uma ilha. Sozinha em mim mesma, mas consciente.
Agora, sou uma ilha novamente - muito provável, inabitável - e sou só.