quinta-feira, 16 de julho de 2015

O amor é um velho

Um velho sábio me falou sobre anunciação,
Como o frio que avisa sua chegada
Avermelhando o azul do céu!

Tanto me ensinou nesses breves momentos
Mas não sei ao certo quanto absorvi
Porém, de tudo aquilo que me falou,
(Com aquela ternura no olhar)
Sempre me vem a mente
A temporal questão de amar.

Que nos seus singelos gestos
Se firma "questão não há"
Não se há questão em amar
Já é completo (e simples) por si só.

O velho me contava
Que a questão era o tempo,
A questão eram os outros, ele mesmo!

O amor, dizia ele, era singular
Um simples fato,
Cercado de questões em sua órbita.

Mas o velho, durante nossa jornada,
Sempre me lembrava de atentar meu olhar
Para aquilo que é simples
Me pedia pra não me preocupar
Pois as questões se tornam findas
Quando o completo e simples chega

Ele me dizia que era velho
E que valor não mais havia
Mas eu via nele tanta riqueza
Nos olhos, nas palavras, nos gestos...
Que percebi que além de completo e simples
O amor é um velho e humilde sábio



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