Vai ali, de segunda a segunda
Passa pela feira, cheiro de agrião
Céu azul, rara estrela
Cacos e cascalhos pelo chão
Na obra é sempre assim:
Uma bela e caótica confusão!
Vagam retalhos, rebocos e vigas...
Aos pedaços, aquilo que se joga fora
Aquilo que se assemelha tanto a coração
Torto, retorcido, esmagado e deixado de canto.
Na obra é sempre assim:
O conjunto inebriante de rasgos indolor (?)
Uma imensidão de concreto acima,
De janelas, portas, vidros e vida!
Mas ainda aqui no chão tem tudo o que não ergueu;
Tudo que ficou, sem opção, sem escolha.
Na obra é sempre assim:
De olhos no céu, pés esmagando coração no chão
Mas na obra...
É sempre assim!
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