sexta-feira, 7 de agosto de 2015
Vai
Vai! Arranca a roupa
Joga esse cinismo pra lá.
Vai! Que ter certeza do acaso
É quase o mesmo que jogar roleta russa.
Vai! Que essa tua pressa do amanhã seria degradê
Se não piscasse num tom de vermelho insano
Vai! Diz mais que tua boca abriga,
Que castiga, que zomba, denuncia..
Vai! Coragem! Que esse filtro imaginário
Mais calou do que vingou,
Mais omitiu do que foi sincero,
Mais aprisionou do que deixou ser.
Então vai! Mas leva essas vontades,
Essas mordaças, esses quereres, esses devaneios.
Vai!
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